Titãs e Paralamas: abertura emocionada
SEX, 23/09/11
Com pontualidade brasileira, o Palco Mundo foi aberto por ícone de outros tempos de festival. Dono de um dos shows mais históricos da primeira edição do Rock in Rio, Freddie Mercury regeu a platéia de 1985 e de 2011 no coro de “Love Of My Life”. No público, muita gente nova, mas muita gente com idade para ter visto o Queen ao vivo.
Do telão, Freddie literalmente passou a batuta para Roberto Minczuk, maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira, que ao lado de Milton Nascimento e Tony Beloto executou uma grandiosa versão do tema do festival. O Rock in Rio estava oficialmente aberto.
Foi a deixa para Paralamas do Sucesso e Titãs subirem ao palco. O show foi aberto por uma que já era sucesso na edição de 85, “Óculos”, na voz de Paulo Miklos. O público reagiu na hora, mãos para cima, muitas palmas e letra na ponta da língua. “Sonífera Ilha” veio em seguida, deixando mais claro que o tom da apresentação seriam hits de décadas atrás.
Antes de chamar “Ska”, de 86, Herbert Vianna perguntou ao público “cês já tão cansados?”. Os gritos deixaram claro que não. O momento mais polêmico da apresentação viria em seguida, com Paulo Miklos pedindo aos gritos o “fim da corrupção nesse país”, antes de puxar a introdução de “Comida”.
A convidada Maria Gadú surgiu toda moleca (calça preta solta, chapéu branco e blusinha de bolinhas multicoloridas) para cantar “Lourinha Bombril” dos Paralamas. Apesar do púlico ter ovacionado (ela saiu aos gritos de “Volta, volta!”), a voz de Maria parecia estar fora do ritmo da música, quase como se atrasase o andamento.
Única música do setlist que não existia antes da última edição do Rock in Rio, “Epitáfio” foi acompanhada em coro e palmas da Cidade do Rock inteira. O pedido partiu de Sérgio Britto, gesto que ele queria que fosse “como uma oração” e “que nenhuma alma ficasse de fora”.
Já no fim da apresentação, “Meu Erro” cravou o que seria o melhor momento do show. Mesmo com o som um pouco embolado, o arranjo poderoso com as duas bandas no palco e ajuda das milhares de vozes espalhadas na platéia emocionou mesmo que veio para as outras atrações do dia. “Flores”, numa versão bem apagada, encerrou a apresentação.
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